Pitico no disco de pizza...rs
Tutuzinhos coloridos que "roubei" da xará Silvana Fabbri :O)
Olá fofas de Plantão! :O)
Espero que estejam todas muito bem!
Desculpem-me o sumiço dos últimos dias, mas a Lei de Murphy andou aqui no pedaço: o dente que quebrou + os óculos que novamente estão ruins + trabalhos externos do nosso mercado + reforma de uma casa do meu irmão + mais reforma inesperada na minha casa com problemas sérios de fundação....affff....muita coisa...
Ah, sem contar o nosso super cão Fiel e os carrapatos que decidiram se alojar nele, mesmo devidamente medicado com Revolution... Nem queiram saber do trabalhão... Aliás ele foi ao veterinário e está mesmo confirmadíssmo: ele é portador de lúpus tipo II, o menos agressivo. É conhecido como "collie nose" ou nariz de collie.
Ah (2), sem contar o Tutu que está mais sujinho que pano de chão e eu não sei se mando dar banho nele ou não. Depois dos infortúnios pelos quais passou, não sei se devo arriscar um banho, pois as sequelas neurológicas por conta da doença não o deixam se lamber adequadamente. Ele até tenta, mas cai para o lado esquerdo, uma judiação ver a cena... Dá um medão mandar dar o banho e ele tomar friagem, tudo voltar novamente, todo aquele inferno de injeções e internações...
E mais: como advogada tenho dedicado o tempo livre pra acompanhar o Caso Isabella pois, como já disse a vocês, sou uma grande apaixonada por perícia criminal.
Enfim, essa semana foi 100% heavy metal, punk total, estou até esgotada. À noite quero mais é ficar largadona no sofá tomando muito água gelada e comendo besteiras.
Por isso vim aqui rapidinho me desculpar e dizer que amanhã farei minha visitas habituais aos seus blogues e que tanto me satisfazem.
Hoje deixo para as gateiras de plantão duas Odes dedicadas aos felinos - minha grande paixão.
A primeira é uma crônica do Arthur da Távola, um cara genial que tinha um amor intenso pelos felinos. Escreveu frases como "Um gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano, mas se comporta como um lorde inglês."
Aliás o nome do Tutu, que é o apelido de Arthur, é em homenagem ao Arthur da Távola.
A segunda Ode é um poema do escritor chileno Pablo Neruda, uma dos grandes escritores do século XX. Prestem bem anteção às palavras dele.
E não adianta tentar convencer as "cachorreiras" que os gatos são simplemente fantásticos e geniais. Quem ama apenas os cães nunca conhecerá o imenso e verdadeiro amor de um animal domesticado. Eu tenho cães e gatos e posso atestar a grande diferença de ambos. O amor do gato é entrega total, é imersão profunda de amor eterno ao seu dono. Somente quem os tem sabe do que falo...
Às cachorreiras que dizem sempre "odeio gatos", "tenho medo de gatos", deixo a lição de Arthur da Távola e de Pablo Neruda para vocês. Aprendam com eles que essa entrega total valerá a pena.
Sintonia corporal na hora do sono de Tutu e Pitico
Reparem que estão na mesma posição! Não podia perder a foto, né?
Meu irmão e o Creminho no mais delicioso cochilo vespertino...
Ele adora o meu irmão, é impressionante!
O folgado ainda muda de lugar, na maior cara de pau....hehehe
ODE AO GATO
(Artur da Távola)
"Bichos polêmicos sem o querer, porque sábios, mas inquietantes, talvez por isso.
Nada é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece.
O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis.
Lembrei, então, de dizer, dos gatos, o que a observação de alguns anos me deu. Quem sabe, talvez, ocorra o milagre de iluminar um coração a eles fechado? Quem sabe, entendendo-os melhor, estabelece-se um grau de compreensão, uma possibilidade de luz e vida onde há ódio e temor? Quem sabe São Francisco de Assis não está por trás do Mago Merlin, soprando-me o artigo?
Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso.
"Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.
O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer.
Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige.
Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.
Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.
O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós). Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta. Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele não está ali". Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.
O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba perceber.
Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas.
O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!
Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.
O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo.
Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones.
Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências.
O gato é uma chance de interiorização e sabedoria posta pelo mistério à disposição do homem."
Bartolomeu entregue à profunda e delicosa preguiça
É apenas um preguiça e não um cochilo - vejam os olhos bem espertos...
Êta gato grande! Afff, quase 10 kg!!
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ODE AO GATO
Pablo Neruda
(tradução: Eliane Zagury)
Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça vôo.
O gato,
só o gato apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.
Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa
só como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogar as moedas da noite .
Oh pequeno imperador sem orbe,
conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertences
ao habitante menos misterioso
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gato, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos do seu gato.
Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e o seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos têm números de ouro.
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Tutu que, impossibilitado de caçar os passarinhos que alimento diariamente, se espreguiça em cima da quirera e milho dos coitados...rs
Pura pirraça!
Tutu qdo saiu do hospital
Chiquinho e sua coleira fashion que é mega-fluorescente! :O)
Lola, a princesa da casa! :O)
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Indicação do blog da minha amiga Silene
Agora deixo fotos da minha amiga Silene com a princesa Lola no colo.
Aliás, duas lindas princesas! :O)
Aproveito para recomendar que visitem o blog da Silene aqui, que ainda é iniciante. Somos amigas e vizinhas, sendo que trocamos muitas ideias de arteiras.
Ela faz lindos artesanatos e em breve os postará. Tenho certeza de que todas irão se apaixonar pelo talento e simpatia dela.
Deem uma força a ela, sejam seguidoras e curtam seus trabalhinhos que serão postados depois. É sempre bom dar força pra gente nova na internet né?...hehehe
A Silene é uma fofa! Super delicada, meiga e de voz muito suave.
Se os anjos falassem teriam sua linda voz, podem acreditar...
Tem lindos olhos claros, sorriso perfeito, toda miudinha e delicada, assim como a Lola...hehehe
Uma foto de duas gatinhas "combinetes", certo?
A Lola, que adora um chamego, se derreteu toda no colo da Si... :O)
E não parece, mas Si é casada e mãe de um lindo adolescente de 15 anos, o Vítor.
Vejam só o fofo vasinho com que ela me presenteou! Lindo né?
Irá para o meu banheiro, pois a cor combina certinho....hehehe
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Queridas:
Como lhes falei, minha vida anda mais pauleira que de punk.
Então tenham paciência que amanhã acho que meus batimentos cardíacos retomarão o nível normal e eu lhes darei o retono e o respeito que merecem, tá?
Acompanharei o final do caso Nardoni e virei correndo pra cá! Finalmente a justiça se aproxima!
Tenham todas um lindo dia, cheio de paz e muita luz!
Beijooooooooo